Um pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος) é uma estrela composta por cinco retas e que possui cinco pontas.
Originalmente símbolo da deusa romana Vênus foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durante a aparente retroação de sua órbita.
Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.
O pentagrama é conhecido também como o símbolo do infinito, já que é possível fazer outro pentagrama menor dentro do pentágono regular do pentagrama maior , e assim sucessivamente.
Possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco, que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, o casamento, a realização, unindo o masculino, o 3, e o feminino, o 2, simbolizando ainda, dessa forma, o andrógino.
O pentagrama é um símbolo muito utilizado pelos eruditos da escola francesa de Cabala. Autores como Eliphas Levi e Papus o estudaram a fundo e o estabeleceram como um símbolo de proteção, Vontade e Bem.
O pentagrama é composto de um pentágono regular e cinco triângulos isósceles côngruos, tal que a razão entre o lado do triângulo e sua base (lado do pentágono) é o número de ouro.
O pentagrama também foi usado como emblema da escola pitagórica.
Baseados na antiga astronomia ptolomaica, que tentava manter a orbita dos outros planetas ao redor da Terra, astrônomos do passado especulavam órbitas excêntricas para os planetas e isso fez com que, aparentemente, a órbita de Venus desenhasse um pentagrama no espaço.
O pentagrama (estrela de cinco pontas, dentro de um círculo) é o símbolo da religião Wicca. Assim como a cruz é para o cristianismo e o hexagrama é para os judaísmo, o pentagrama é para os wiccanos.
Atualmente, muitos Wiccanos usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de orgulho da sua religião, representando a sua fé e também mostra-se útil para que os Wiccanos se reconheçam entre si. Mas deve-se deixar claro que isso não é nenhuma obrigação. Muitos praticantes da religião Wicca usam o Pentagrama também pelo fato de ele ser considerado um amuleto de proteção, além de mostrarem assim, seu respeito aos Deuses e aos Cinco Elementos.
Cada ponta do pentagrama representa um dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra e Akasha (espírito). Os adeptos à religião Wicca crêem que tudo foi criado a partir dos cinco elementos. Por isso, no treinamento para o sacerdócio wiccano, o domínio dos elementos é visto como o primeiro ato para a iniciação.
Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, o pentagrama também representa o corpo humano (os 4 membros e a cabeça); sendo assim conhecido como "estrela do microcosmo" (pequeno universo), que simboliza o(a) mago(a) dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo.
Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, o pentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes para consagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos.
O pentagrama utilizado na religião Wicca pode ser feito de qualquer material (metal, madeira, argila, vidro, etc.) e até desenhado em pedaços de pano ou mesmo no chão.
Muitas pessoas que se intitulam satanistas usam o Pentagrama invertido (com duas pontas para cima), afirmando significar o triunfo da Matéria sobre o Espírito, ou a vitória do Mal sobre o Bem. Ainda que, originalmente, o Pentagrama com duas pontas para cima já aparecia, no paganismo pré-cristão, como um dos símbolos da Grande Mãe (pela semelhança com um canal vaginal, um útero e duas trompas). Assim sendo, o pentagrama invertido possui significados paralelos.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Bruxaria Tradicional
Ao contrário da Wicca, a Bruxaria tradicional tem como o objetivo continuar praticando a Velha Arte que antecede o século XX, sendo assim não gosta de englobar em sua filosofia conceitos new age.
Ela procura seguir o modelo das famílias e irmandades.
Conheça suas bases:
Natureza: assim como na Wicca, este outro ramo também dá muito ênfase a ela, pois os povos antigos precisavam aprender a conviver e a respeita-la se quisessem estar em total harmonia com seu meio ambiente.
Deuses: os tradicionalistas, preferem apenas seguir um panteão (conjunto de Deuses), ao contrario dos modernistas que adoram Deuses de várias culturas. Recomenda-se aderir a panteões que tenham a ver com seu meio, por exemplo: pessoas que vivem na Irlanda teriam mais facilidade em assimilarem Deuses Celtas do que Deuses da cultura Greco-romana.
Lei Tríplice: ela é típica do movimento new age, logo não é usada pela Bruxaria Tradicional.
Dogma: "Você é responsável pelas suas ações".
Demônio: Não acreditam, nem o cultuam, assim como na Wicca
Reencarnação: este é um ensinamento de sentindo oriental, logo não se enquadra na filosofia tradicionalista. Eles acreditam que após a morte, o espirito participa de outros planos de existência e que retornam a terra para junto com seus ancestrais, se tornarem espíritos guardiões.
Roda do Ano: os bruxos tradicionais não seguem uma Roda do Ano, pois pensem bem, na visão dos antigos só existiam o inverno e o verão. A questão da celebração da natureza e alinhamento com seu ritmo varia muito na Bruxaria Tradicional, uma tradição agrícola por exemplo, vai seguir o fluxo do plantio e da colheita, em um lugar quente, eles irão celebrar as mudanças do sol. Isso vai variar de acordo com o meio em que os bruxos e bruxas habitam, mas não vejo problema em seguir a Roda do Ano.
Várias crenças: como é tradicional, visa conservar todos seus ensinamentos, sem agrupar novos pensamento.
Covens: na Bruxaria Tradicional também tem grupos, que são extremamente reservados para evitar a profanação de seus conhecimentos.
Solitários: possuem seguidores que aprendem tudo que sabem através de livros e afins.
Hierarquia: todos são iguais em um grupo, apesar de respeitarem muito as pessoas que detém grande experiência e conhecimento.
Rituais: a maioria deles são criados na hora da realização, mas nem todos.
Instrumentos de trabalho: muitas vezes na Bruxaria Tradicional, existem grupos ou pessoas que não usam nenhum instrumento em rituais, eles apenas usam elementos da natureza, até porque se pararmos para pensar, muitos dos nossos ancestrais não tinham meios de conseguir certos objetos, mas como hoje em dia podemos, não há problemas em termos alguns instrumentos básicos, sem exagero, é claro.
Espero ter sido claro nas diferenças desses dois caminhos, e gostaria que me aviassem caso eu tenha esquecido de falar sobre algo importante.
Quanto que ramo da Bruxaria eu acho melhor, eu respondo com sinceridade que me enquadro mais na Bruxaria Tradicional, apesar de eu ter alguns pontos de concordância com a Wicca.
Ela procura seguir o modelo das famílias e irmandades.
Conheça suas bases:
Natureza: assim como na Wicca, este outro ramo também dá muito ênfase a ela, pois os povos antigos precisavam aprender a conviver e a respeita-la se quisessem estar em total harmonia com seu meio ambiente.
Deuses: os tradicionalistas, preferem apenas seguir um panteão (conjunto de Deuses), ao contrario dos modernistas que adoram Deuses de várias culturas. Recomenda-se aderir a panteões que tenham a ver com seu meio, por exemplo: pessoas que vivem na Irlanda teriam mais facilidade em assimilarem Deuses Celtas do que Deuses da cultura Greco-romana.
Lei Tríplice: ela é típica do movimento new age, logo não é usada pela Bruxaria Tradicional.
Dogma: "Você é responsável pelas suas ações".
Demônio: Não acreditam, nem o cultuam, assim como na Wicca
Reencarnação: este é um ensinamento de sentindo oriental, logo não se enquadra na filosofia tradicionalista. Eles acreditam que após a morte, o espirito participa de outros planos de existência e que retornam a terra para junto com seus ancestrais, se tornarem espíritos guardiões.
Roda do Ano: os bruxos tradicionais não seguem uma Roda do Ano, pois pensem bem, na visão dos antigos só existiam o inverno e o verão. A questão da celebração da natureza e alinhamento com seu ritmo varia muito na Bruxaria Tradicional, uma tradição agrícola por exemplo, vai seguir o fluxo do plantio e da colheita, em um lugar quente, eles irão celebrar as mudanças do sol. Isso vai variar de acordo com o meio em que os bruxos e bruxas habitam, mas não vejo problema em seguir a Roda do Ano.
Várias crenças: como é tradicional, visa conservar todos seus ensinamentos, sem agrupar novos pensamento.
Covens: na Bruxaria Tradicional também tem grupos, que são extremamente reservados para evitar a profanação de seus conhecimentos.
Solitários: possuem seguidores que aprendem tudo que sabem através de livros e afins.
Hierarquia: todos são iguais em um grupo, apesar de respeitarem muito as pessoas que detém grande experiência e conhecimento.
Rituais: a maioria deles são criados na hora da realização, mas nem todos.
Instrumentos de trabalho: muitas vezes na Bruxaria Tradicional, existem grupos ou pessoas que não usam nenhum instrumento em rituais, eles apenas usam elementos da natureza, até porque se pararmos para pensar, muitos dos nossos ancestrais não tinham meios de conseguir certos objetos, mas como hoje em dia podemos, não há problemas em termos alguns instrumentos básicos, sem exagero, é claro.
Espero ter sido claro nas diferenças desses dois caminhos, e gostaria que me aviassem caso eu tenha esquecido de falar sobre algo importante.
Quanto que ramo da Bruxaria eu acho melhor, eu respondo com sinceridade que me enquadro mais na Bruxaria Tradicional, apesar de eu ter alguns pontos de concordância com a Wicca.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Arte das Bruxas e suas bases
A Bruxaria é antiga? eis a questão...., se considerarmos um agregado de conceitos, de crenças da antiga Europa, posso dizer que ela é uma das mais antigas religiões existentes, pq. a Bruxaria surgiu do animismo, surgiu do xamanismo, acrescentou cultura e costumes de povos antigos, teve um aumento sócio cultural tremendo com a vinda dos Celtas e assim com todo esse agregado de culturas, de costumes, de magia damos o nome de Bruxaria, Bruxaria Tradicional cujo o surgimento está nas famílias, clãs, tribos, aldeias.
A Bruxaria Tradicional, com todas as suas diferenças folclóricas, com todas as suas diferenças de práticas mágicas, se encontrão num fato de origem que é a magia natural, aquela magia relacionada a natureza, a cura através de ervas, dos deuses personalizados em cada rio, floresta ou montanha, em cada objeto característico da natureza, no princípio da terra onde moramos, no mar onde é um enigma vida/ morte, e do céu que esta acima dos seres humanos, e assim o homem daquela época entendia os mundos da natureza pelo simples fato de ele assim o ver, digo ver pois é isto que vemos mesmo dentro de uma nave espacial, o planeta terra, que possui muita água... aliás mais do que terra e a atmosfera azul e infinita.
E como são esses mundos? a terra dos homens, o mar onde reinava o enigma da vida e da morte, muitos acreditavam que os mortos iam para a terra dos mortos (mar) num barco, tal como na Mitologia Grega/Romana na face do atravessador Caronte que ligava o reino dos vivos ao reino de Hades (morte), outra versão pode ser citada como Avalon, ou pelo paraíso celta que ficava numa ilha chamada Hi-Brasil, é bem passível de compreensão que a água era o elemento da vida e da morte, Jesus caminhou sobre as águas, foi batizado nas águas, Osíris caminhou sobre as águas, ressuscitou das águas, e tantos outros exemplos podemos tirar da história... Sobre o céu, este é o mundo dos deuses, as pirâmides foram construções para se chegarem aos deuses, para tocar os pés dos deuses, para presentear com sacrifícios (Astecas), a própria torre de Babel, as igrejas católicas com o teto tão cheio de glamour, com desenhos de anjos mostrando ao simples povo o quanto. era a sua inferioridade perante a algo supremo, o simples fato de ajoelhar e olhar para cima em busca da divindade.
Os celtas acreditavam que os seus deuses estavam sempre ao lado, inspirando, guerreando, que eram seres com dons muito admiráveis, e muitos nasceram ou deram nomes a rios que se destinam ao mar (ao mundo Mar), outros subiam aos céus como Lugus (Celta), como Mercúrio (Grego/Romano), como Exú (Africano) e tantas outras divindades.
Os Deuses são forças naturais e as suas personalizações humanas foram criadas aos olhos dos homens, questão de empatia?? quem sabe, mas sem dúvida fatores psicológicos, seus mitos e ritos contam a história, e cada história um aprendizado, cada história uma carga de conteúdo riquíssimo em sabedoria, existiram homens que se tornaram lendas, e dessas lendas tornaram-se deuses, homens com dons muito admiráveis.
A Bruxaria Tradicional é uma das filosofias mais complexas que a simplicidade pode construir, e nada e ninguém pode traduzi-la com a escrita fria ou com a razão, para entendê-la é preciso morrer nesse mundo, perder os sentidos e acordar na praia renascido das águas do mar.
por Ricardo Draco
A Bruxaria Tradicional, com todas as suas diferenças folclóricas, com todas as suas diferenças de práticas mágicas, se encontrão num fato de origem que é a magia natural, aquela magia relacionada a natureza, a cura através de ervas, dos deuses personalizados em cada rio, floresta ou montanha, em cada objeto característico da natureza, no princípio da terra onde moramos, no mar onde é um enigma vida/ morte, e do céu que esta acima dos seres humanos, e assim o homem daquela época entendia os mundos da natureza pelo simples fato de ele assim o ver, digo ver pois é isto que vemos mesmo dentro de uma nave espacial, o planeta terra, que possui muita água... aliás mais do que terra e a atmosfera azul e infinita.
E como são esses mundos? a terra dos homens, o mar onde reinava o enigma da vida e da morte, muitos acreditavam que os mortos iam para a terra dos mortos (mar) num barco, tal como na Mitologia Grega/Romana na face do atravessador Caronte que ligava o reino dos vivos ao reino de Hades (morte), outra versão pode ser citada como Avalon, ou pelo paraíso celta que ficava numa ilha chamada Hi-Brasil, é bem passível de compreensão que a água era o elemento da vida e da morte, Jesus caminhou sobre as águas, foi batizado nas águas, Osíris caminhou sobre as águas, ressuscitou das águas, e tantos outros exemplos podemos tirar da história... Sobre o céu, este é o mundo dos deuses, as pirâmides foram construções para se chegarem aos deuses, para tocar os pés dos deuses, para presentear com sacrifícios (Astecas), a própria torre de Babel, as igrejas católicas com o teto tão cheio de glamour, com desenhos de anjos mostrando ao simples povo o quanto. era a sua inferioridade perante a algo supremo, o simples fato de ajoelhar e olhar para cima em busca da divindade.
Os celtas acreditavam que os seus deuses estavam sempre ao lado, inspirando, guerreando, que eram seres com dons muito admiráveis, e muitos nasceram ou deram nomes a rios que se destinam ao mar (ao mundo Mar), outros subiam aos céus como Lugus (Celta), como Mercúrio (Grego/Romano), como Exú (Africano) e tantas outras divindades.
Os Deuses são forças naturais e as suas personalizações humanas foram criadas aos olhos dos homens, questão de empatia?? quem sabe, mas sem dúvida fatores psicológicos, seus mitos e ritos contam a história, e cada história um aprendizado, cada história uma carga de conteúdo riquíssimo em sabedoria, existiram homens que se tornaram lendas, e dessas lendas tornaram-se deuses, homens com dons muito admiráveis.
A Bruxaria Tradicional é uma das filosofias mais complexas que a simplicidade pode construir, e nada e ninguém pode traduzi-la com a escrita fria ou com a razão, para entendê-la é preciso morrer nesse mundo, perder os sentidos e acordar na praia renascido das águas do mar.
por Ricardo Draco
sábado, 7 de agosto de 2010
Aradia / e o evangelio das bruxas
Aradia e Il Vangelo delle Streghe (o evangelho das bruxas)
Aradia é uma personagem importante e interessante na Bruxaria Italiana; eu me arriscaria a dizer em toda a bruxaria até. Algumas coisas foram escritas sobre ela, existe um livro com seu nome, porém alguns mitos foram criados. Tentando esclarecer dúvidas e mostrar um pouco do que é o livro "Aradia, o evangelho das bruxas" e a Aradia, la Bella Peregrina eu escrevo a coluna desta quinzena.
La Bella Peregrina, nome com o qual ficou conhecida nos montes albanos até a Sicília, tem um significado grande para muitas tradições e clãs da Bruxaria Italiana, como a Ariciana e a Tríade de Tradições - Janarra, Fanarra e Tanarra. Lembrada como a professora e mestra das Streghe, Aradia não queria ser adorada: seu intuito era reviver com os camponeses dos feudos os Caminhos Antigos. Passou seus ensinamentos viajando e conversando, reaproximando as pessoas de suas raízes. Ela apontava a Vechia Religione como um alívio ao massacre religioso do cristianismo da época. Com o tempo, ela passou a ter discípulos, 6 homens (um deles era celta) e 6 mulheres. Quando Aradia passou a ser perseguida, esses discípulos saiam em casais para levar seus ensinamentos a diante. Seu símbolo, após sua partida era, e ainda é, a Chama Sagrada que é acesa no meio do altar. Ela é o fogo perene de seus ensinamentos e de nossa ligação com o Espírito do Caminho Antigo. Por fim, seus discípulos também foram perseguidos e muitos mortos e acredita-se que os pergaminhos, nos quais seus ensinamentos foram registrados, trancados no Vaticano. Alguns documentos históricos indicam a passagem de uma mulher peregrina pelo norte da Itália e indicam que talvez ela tenha passado seus últimos anos na Romênia.
Os ensinamentos de Aradia têm um cunho de simples entendimento e observação completa da Natureza. Ela fala sobre a Deusa Diana e o Deus Dianus ou Lúcifer; discorre como a Natureza é a maior de todas as professoras; deixa para os camponeses o valor e a importância do casamento baseado no amor e no respeito; sobre a força da sexualidade e sua magia; ela deixa um alerta sobre os cristãos, um cuidado que deveria ser tomado naquele momento de perseguição; e deixa um elenco de 13 "conselhos", que são conhecidos como "Covenant of Aradia": visando a convivência harmoniosa entre todos os seres da Criação.
O Evangelho das Bruxas foi escrito em 1889 por Charles G. Leland, folclorista inglês e estudioso de diversas culturas. Nesta publicação ele expõe ao público o relato de tradições, costumes e estórias de mulheres que se chamavam streghe (bruxas). A fonte de Leland era uma delas, Magdalena. Não se sabe bem ao certo se o que está no livro é a cópia fiel dos escritos das streghe ou se eles foram romanceados. Ele conta como Diana e Lúcifer deram a vida a Aradia e como ela se tornou a primeira Strega. A Aradia do livro também tem um caráter de professora, mas ela é nascida dos deuses. Existem no texto de Leland também uma larga influência de termos e ideais judaíco-cristãos, como no momento em que diz que Aradia não será como a filha de Caim (este mencionado algumas vezes), e o uso da palavra "amen" no fim de alguns feitiços. Raven Grimassi (1999) ainda coloca que o uso do nome de Lúcifer tenha sido por uma propaganda, o que atiçaria ânimos: será que este povo tem alguma ligação com o satânico? A resposta clara é não, uma vez que Lúcifer é a Estrela da Manhã, ou seja, o Sol - Appolo, o irmão gêmeo de Diana.
A leitura do Evangelho deve ser feita com critério. Nada do que está lá pode ser levado ao pé da letra. No entanto é mister percebermos que ele traz uma grande gama de tradições e idéias que podem ser bem aproveitadas na nossa prática. Ele é um parâmetro de cultura e ética antiga. Ele deixa claro que se faziam maldições, rogavam pragas e ameaçavam as deidades (como fazem os católicos que penduram santos de cabeça para baixo e afins). Tudo isso era visto como legítimo para essas streghe e como uma coisa corriqueira. Elas não sofriam a influência de uma filosofia mais oriental que fala de kharmas e coisas nesse gênero. Eram camponesas, filhas da Natureza que agiam como tal: pisas no meu pé, eu imediatamente piso no teu. Eu acredito que, de um ponto de vista histórico e social, é impossível fazer um juízo de certo ou errado sobre essas práticas.
Uma curiosidade sobre o Evangelho está no capítulo XI que descreve um pouco sobre a Casa dos Ventos e sua história. Existem muitas semelhanças com a vida da Aradia histórica.
Conclusões: existe o fato interessante de alguns relatos do livro se parecerem com práticas neopagãs, como o "Charge of Aradia" que tem grandes semelhanças com o "Charge of the Goddess" apresentado por Doreen Valiente. Além da similaridade com práticas feitas por bruxas italianas de muito antes da publicação do Vangelo (evangelho), como a nudez ritual como símbolo de liberdade e sinceridade, o que traz credibilidade aos escritos do livro - ou pelo menos, parte deles.
Por tudo que eu li, estudei e pratiquei até agora, a conclusão mais importante é que "os livros são bons conselheiros". Não é possível seguir um livro em 100% dele - isso se torna fundamentalismo. Hoje temos a capacidade e a oportunidade de sermos críticos: bruxos, magistas capazes de reflexão sobre o que lemos, ouvimos e praticamos a fim de não nos basearmos numa verdade infundada e cega.
Aceitemos que o livro é um ponto de partida, mas é necessário desprendimento e vontade para saber mais a fundo sobre, por exemplo, quem foi Aradia, qual a importância de Diana, por que Lúcifer é citado e quem ele é realmente para que não nos tornemos meros repetidores de versos. Sejamos bruxas e bruxos responsáveis e cientes de nosso papel como tais: investindo em nosso conhecimento e crescimento.
Aradia é uma personagem importante e interessante na Bruxaria Italiana; eu me arriscaria a dizer em toda a bruxaria até. Algumas coisas foram escritas sobre ela, existe um livro com seu nome, porém alguns mitos foram criados. Tentando esclarecer dúvidas e mostrar um pouco do que é o livro "Aradia, o evangelho das bruxas" e a Aradia, la Bella Peregrina eu escrevo a coluna desta quinzena.
La Bella Peregrina, nome com o qual ficou conhecida nos montes albanos até a Sicília, tem um significado grande para muitas tradições e clãs da Bruxaria Italiana, como a Ariciana e a Tríade de Tradições - Janarra, Fanarra e Tanarra. Lembrada como a professora e mestra das Streghe, Aradia não queria ser adorada: seu intuito era reviver com os camponeses dos feudos os Caminhos Antigos. Passou seus ensinamentos viajando e conversando, reaproximando as pessoas de suas raízes. Ela apontava a Vechia Religione como um alívio ao massacre religioso do cristianismo da época. Com o tempo, ela passou a ter discípulos, 6 homens (um deles era celta) e 6 mulheres. Quando Aradia passou a ser perseguida, esses discípulos saiam em casais para levar seus ensinamentos a diante. Seu símbolo, após sua partida era, e ainda é, a Chama Sagrada que é acesa no meio do altar. Ela é o fogo perene de seus ensinamentos e de nossa ligação com o Espírito do Caminho Antigo. Por fim, seus discípulos também foram perseguidos e muitos mortos e acredita-se que os pergaminhos, nos quais seus ensinamentos foram registrados, trancados no Vaticano. Alguns documentos históricos indicam a passagem de uma mulher peregrina pelo norte da Itália e indicam que talvez ela tenha passado seus últimos anos na Romênia.
Os ensinamentos de Aradia têm um cunho de simples entendimento e observação completa da Natureza. Ela fala sobre a Deusa Diana e o Deus Dianus ou Lúcifer; discorre como a Natureza é a maior de todas as professoras; deixa para os camponeses o valor e a importância do casamento baseado no amor e no respeito; sobre a força da sexualidade e sua magia; ela deixa um alerta sobre os cristãos, um cuidado que deveria ser tomado naquele momento de perseguição; e deixa um elenco de 13 "conselhos", que são conhecidos como "Covenant of Aradia": visando a convivência harmoniosa entre todos os seres da Criação.
O Evangelho das Bruxas foi escrito em 1889 por Charles G. Leland, folclorista inglês e estudioso de diversas culturas. Nesta publicação ele expõe ao público o relato de tradições, costumes e estórias de mulheres que se chamavam streghe (bruxas). A fonte de Leland era uma delas, Magdalena. Não se sabe bem ao certo se o que está no livro é a cópia fiel dos escritos das streghe ou se eles foram romanceados. Ele conta como Diana e Lúcifer deram a vida a Aradia e como ela se tornou a primeira Strega. A Aradia do livro também tem um caráter de professora, mas ela é nascida dos deuses. Existem no texto de Leland também uma larga influência de termos e ideais judaíco-cristãos, como no momento em que diz que Aradia não será como a filha de Caim (este mencionado algumas vezes), e o uso da palavra "amen" no fim de alguns feitiços. Raven Grimassi (1999) ainda coloca que o uso do nome de Lúcifer tenha sido por uma propaganda, o que atiçaria ânimos: será que este povo tem alguma ligação com o satânico? A resposta clara é não, uma vez que Lúcifer é a Estrela da Manhã, ou seja, o Sol - Appolo, o irmão gêmeo de Diana.
A leitura do Evangelho deve ser feita com critério. Nada do que está lá pode ser levado ao pé da letra. No entanto é mister percebermos que ele traz uma grande gama de tradições e idéias que podem ser bem aproveitadas na nossa prática. Ele é um parâmetro de cultura e ética antiga. Ele deixa claro que se faziam maldições, rogavam pragas e ameaçavam as deidades (como fazem os católicos que penduram santos de cabeça para baixo e afins). Tudo isso era visto como legítimo para essas streghe e como uma coisa corriqueira. Elas não sofriam a influência de uma filosofia mais oriental que fala de kharmas e coisas nesse gênero. Eram camponesas, filhas da Natureza que agiam como tal: pisas no meu pé, eu imediatamente piso no teu. Eu acredito que, de um ponto de vista histórico e social, é impossível fazer um juízo de certo ou errado sobre essas práticas.
Uma curiosidade sobre o Evangelho está no capítulo XI que descreve um pouco sobre a Casa dos Ventos e sua história. Existem muitas semelhanças com a vida da Aradia histórica.
Conclusões: existe o fato interessante de alguns relatos do livro se parecerem com práticas neopagãs, como o "Charge of Aradia" que tem grandes semelhanças com o "Charge of the Goddess" apresentado por Doreen Valiente. Além da similaridade com práticas feitas por bruxas italianas de muito antes da publicação do Vangelo (evangelho), como a nudez ritual como símbolo de liberdade e sinceridade, o que traz credibilidade aos escritos do livro - ou pelo menos, parte deles.
Por tudo que eu li, estudei e pratiquei até agora, a conclusão mais importante é que "os livros são bons conselheiros". Não é possível seguir um livro em 100% dele - isso se torna fundamentalismo. Hoje temos a capacidade e a oportunidade de sermos críticos: bruxos, magistas capazes de reflexão sobre o que lemos, ouvimos e praticamos a fim de não nos basearmos numa verdade infundada e cega.
Aceitemos que o livro é um ponto de partida, mas é necessário desprendimento e vontade para saber mais a fundo sobre, por exemplo, quem foi Aradia, qual a importância de Diana, por que Lúcifer é citado e quem ele é realmente para que não nos tornemos meros repetidores de versos. Sejamos bruxas e bruxos responsáveis e cientes de nosso papel como tais: investindo em nosso conhecimento e crescimento.
Benedizioni di Astrea
por Pietra D C Luna
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Caça as Bruxas - 1233 a 1750 pt6
SALÉM, 1692
QUANDO A IGNORÂNCIA ATINGE AS RAIAS DA LOUCURA
Corria o ano de 1692 na Nova Inglaterra, EUA (então colônia da Inglaterra). Depois de um rigoroso inverno, a vida parecia fluir rotineiramente na pacata localidade de Salém, perto de Boston, capital da província de Massachusetts.
Salém fora colonizada pelos puritanos, que ali construíram uma comunidade de cunho teocrático e voltada para si mesmo. Desde 1626, quando ali chegaram ali, fugindo da perseguição religiosa na velha Inglaterra, tiveram que conviver com animais selvagens, índios e um nova terra muito diferente do que tinham no velho mundo. Isso fez com que lendas e superstições do local influenciassem o rígido estatuto sobre o comportamento religioso da comunidade.
Os puritanos seguiam uma moral severa, com base na Bíblia, e se consideravam o povo escolhido por Deus, não permitindo a ingerência de pessoas que não seguissem os seus ditames fundamentalistas. Ninguém em Salém podia entrar na igreja senão eles, nem ter terras na região senão eles.
A cidade era administrada pelos ministros da religião, que não titubeavam em excomungar quem não participasse do culto na igreja, punindo com a perda do direito de voto e de propriedade o faltoso pregresso. Não se permitia praticamente nada senão a participação no culto na igreja e conversas entre vizinhos. Dançar era considerado pecaminoso; festas ou diversão para jovens eram proibidas, tudo que dava prazer era considerado obra do diabo, e era dever de cada membro da comunidade zelar para que o diabo não marcasse presença ali. A comunidade acreditava ainda que seus principais líderes haviam sido escolhidos por Deus e que o paraíso já lhes estava reservado antecipadamente. Para os demais membros, a salvação era considerada difícil, pois o zelo pelos bons princípios estava permanentemente ameaçado pelo diabo, com suas artimanhas, enganações e tentações fatais. Desse modo, era preciso levar uma vida austera e trabalhar duro para afastar as tentações e cair nas graças de Deus.
Baseavam seus preceitos nos rígidos preceitos bíblicos do Velho Testamento. Para eles, Satanás tinha seus coadjuvantes na terra: bruxas, feiticeiros, e outros seres que escolheram servir à obra do mal, fazendo um pacto com ele.
Foi sob esse cenário que Betty Parris, filha adolescente do revendo Parris, pastor da comunidade, e suas amigas Abigail Williams, Anne Putnan, e Mary Walcot, começaram a ter pesadelos e alucinações, acusando algumas pessoas da comunidade de bruxaria.
Isso se explica pelo fato da família Parris ter uma escrava, Tituba, que havia trazido de Barbados, lugar em que os negros mantinham crenças como o vodu. Na verdade, Tituba era originária da Venezuela, de raizes indígenas, em cujas crenças acreditava. Fora levada para Barbados, de onde a família Parris a trouxe como criada.
Como não tinham lazer algum, elas se reuniam para ouvir estórias que Tituba contava de seu lugar de origem. Parece que certa vez Tituba as levou inocentemente para a floresta, no começo da noite, e dançou com elas, como faziam os negros em Barbados. Essa transgressão, porém, pesou na consciência das meninas. E por esse “crime”, as meninas começaram a se autopunir, tendo crises de choros, desmaios, catalepsias, convulsões e falta de concentração quando estavam no culto na igreja. Tinham pesadelos, e mesmo nos pesadelos as mocinhas – a mais nova com 9 anos e a mais velha com 16 – compartilhavam da mesma representatividade: viam um homem negro, muito alto, que as raptava e as obrigava a assinar um livro de capa preta, que as tornaria um membro adorador do diabo. Como se recusavam, ele xingava, e as obrigava a assistir a uma cerimônia onde muitas pessoas que já haviam aceito seu convite beijavam-lhe os pés e as mãos.
A primeira a apresentar esses sintomas foi Betty Parris, a filha do reverendo. Como não encontrassem explicações para o fato, passaram a acreditar que ela estivesse possuída pelo demônio, a mando de alguém. Sua prima Abigail acabou confessando a dança com Tituba, e a escrava foi forçada, sob castigo, a confessar que o diabo estava se servindo dela para corromper as meninas. Ela foi a primeira a ser acusada de bruxaria, mas se safou da morte pelo fato de confessar o seu “crime” e reconhecer que o diabo a estava usando contra sua vontade.
Para se livrarem da culpa, elas começaram a acusar as pessoas do lugar de terem parte com o demônio. Às vezes olhavam fixamente para um ponto, com o olhar vazio, diziam que tinham visões onde viam algumas pessoas da comunidade participando do culto de adoração ao diabo, beijando-lhe as mãos e se submetendo aos caprichos dele.
Considerando-se predestinados a herdar o reino dos céus, os puritanos viram nesses acontecimentos uma forte tentativa de Satanás para subverter essa predestinação, como na tentação de Jesus, onde ele prometia os reinos do mundo ao sagrado Mestre. Acreditavam ainda que o diabo vivia nas florestas próximas, aguardando a melhor ocasião para agir e destruir a comunidade, de modo que a dança na floresta não foi considerada somente uma transgressão aos rígidos princípios dos puritanos, mas um indício da vitória de Satanás sobre o Bem que eles representavam.
SALÉM, 1692
Sarah Good no banco dos réus:foi enforcada
(Museu de Salém)
Depois de Tituba, as três primeiras pessoas a serem acusadas pelas meninas foram Bridget Bishop e Sarah Good, duas mulheres meio mendigas da comunidade, e Sarah Osborne, que, simplesmente pelo fato de quase não freqüentar a igreja, era considerada uma mulher de vida dissoluta.
Foi instaurado um tribunal na cidade para julgar os casos de bruxaria, e o governador de Massachusetts mandou um representante - que também era puritano -, para comandar o tribunal.
As meninas acusavam sistematicamente, e em determinado momento 150 pessoas abarrotavam a prisão esperando sua vez de depor, enquanto outras eram torturadas e executadas na forca. Doze pessoas foram executadas, dezenas de outras torturadas. A histeria tomou conta do lugar, e mesmo pessoas influentes começaram a ser acusadas, e nem mesmo os animais foram poupados da acusação de bruxaria: dois cachorros foram enforcados.
Por mais paradoxal que pareça, se a pessoa confessasse que realmente tinha parte com o demônio, escapava das punições, pois se acreditava que a confissão quebrava o pacto com o diabo, minando-lhe a força de atuação. Mas a vergonha de confessar isso, de ficar marcado frente à comunidade, levou muitas pessoas a preferir os mais hediondos métodos de tortura, como a colocação gradual de pedras sobre o corpo do acusado, que, se não confessasse, morria esmagado. Com os que morreram sob tortura, as vítimas chegaram a 20.
Rebecca Nursey, 72 anos, foi torturada e acorrentada pelo pescoço
(Museu de Salém)
Ciúmes, rixas, invejas, cobiça, intriga, tudo foi levado para o tribunal como se fosse bruxaria. Perdeu-se qualquer consideração pelas pessoas: Rebecca Nursey, uma senhora de 72 anos, mãe de 11 filhos e 26 netos, caridosa e religiosa, foi sumariamente enforcada simplesmente porque o tribunal apresentou nos autos “provas concretas” contra ela.
O terror pairava sobre a comunidade, os órfãos vagavam famintos pela cidade, e a normalidade só voltou a Salém quando a própria mulher do governador foi acusada de bruxaria, por ser amiga da senhora Carey, cujo marido, rico e influente, subornou os guardas da prisão para que a libertassem.
O governador extinguiu o tribunal, e, mais tarde, as excomunhões foram suspensas, as famílias dos acusados indenizadas e a reputação dos executados foi restaurada.
Betty Parris alguns anos mais tarde se casou com um comerciante, e se mudou de Salém. Mary Walcott morreu jovem. Abigail Williams enlouqueceu. E de Anne Putnan nada se sabe. Salém se tornou a meca das Bruxas, e hoje a cidade mantém um museu estilo noir para os turistas.
No chão do MUSEU DE SALÉM ...
Um disco com a inscrição de todos os nomes das pessoas que foram executadas por bruxaria. Desde então, ninguém nunca mais foi condenado nos Estados Unidos por prática de bruxaria.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Caça as Bruxas - 1233 a 1750 pt5
1415- O CONCÍLIO DE CONSTANÇA CONDENA WYCLIFF COMO HEREGE
“O Concílio de Constança (1414-15) em 1415, o santo Wycliff, protestante, foi postumamente condenado como ‘o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução em sua língua materna’.”
1591- O INÍCIO DA INQUISIÇÃO CATÓLICA NO BRASIL.
“O Brasil teve tribunais de Inquisição desde 1591 (quando foram condenadas mais de cem pessoas) até 1761.”
“A Inquisição se instalou no Brasil em 3 ocasiões: Em 09.96.1951, na Bahia, por 3 anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII a Inquisição atuou no Brasil. Segundo o jornal ‘Mensageiro da Paz’, n° 1334, de maio de 1998, 139 pessoas foram queimadas vivas no Brasil, entre 1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com dados históricos, quase todos cristãos-novos (judeus convertidos) presos no Brasil pela Inquisição, durante o século XVIII, eram brasileiros natos e pertencentes a todas as camadas sociais. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos era mulheres. Na Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à mortes na fogueira em um processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante mais de 2 séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos descendentes de judeus. Os que estavam nesta condição podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens ou, na melhor da hipóteses, ficavam impedidos de assumir cargos públicos.”
“O Concílio de Constança (1414-15) em 1415, o santo Wycliff, protestante, foi postumamente condenado como ‘o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução em sua língua materna’.”
1591- O INÍCIO DA INQUISIÇÃO CATÓLICA NO BRASIL.
“O Brasil teve tribunais de Inquisição desde 1591 (quando foram condenadas mais de cem pessoas) até 1761.”
“A Inquisição se instalou no Brasil em 3 ocasiões: Em 09.96.1951, na Bahia, por 3 anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII a Inquisição atuou no Brasil. Segundo o jornal ‘Mensageiro da Paz’, n° 1334, de maio de 1998, 139 pessoas foram queimadas vivas no Brasil, entre 1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com dados históricos, quase todos cristãos-novos (judeus convertidos) presos no Brasil pela Inquisição, durante o século XVIII, eram brasileiros natos e pertencentes a todas as camadas sociais. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos era mulheres. Na Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à mortes na fogueira em um processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante mais de 2 séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos descendentes de judeus. Os que estavam nesta condição podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens ou, na melhor da hipóteses, ficavam impedidos de assumir cargos públicos.”
A Inquisição Em Portugal |
A Inquisição (falsa), no Brasil |
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Caça as Bruxas - 1233 a 1750 pt4
1229- CONCÍLIO DE TOULOUSE: IGREJA CATÓLICA PROIBE AOS LEIGOS A LEITURA DA BÍBLÍA E REAFIRMA A INQUISIÇÃO
“Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: ‘Proibimos aos leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido.’ (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Christus 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigeneses. Em ‘Act of Inquisition, Philip Van Limborch, History of Inquisition, cap. 8’, temos a seguinte declaração conciliar: ‘Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelhos para os seus próprios propósitos...eles sabem que a explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos’.”
“Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: ‘Proibimos aos leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido.’ (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Christus 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigeneses. Em ‘Act of Inquisition, Philip Van Limborch, History of Inquisition, cap. 8’, temos a seguinte declaração conciliar: ‘Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelhos para os seus próprios propósitos...eles sabem que a explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos’.”
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Caça as Bruxas - 1233 a 1750 pt3
1186- A “SANTA INQUISIÇÃO” É ESTABELECIDA NO CONCÍLIO DE VERONA.
“Um certo número de papas havia cometido assassinatos, mas Inocêncio III suplantou todos os seus predecessores no número de crimes de morte. Embora não matasse pessoalmente, ele promoveu a coisa mais diabólica da história humana – a Inquisição. Estimativas o número de heréticos que Inocêncio III havia matado chega ao número de 1 milhão de pessoas! Por mais de 500 anos os papas usaram a inquisição para manter seu poder contra aqueles que não concordavam com os ensinamentos da igreja romanista.”
“É difícil explicar como a Igreja Católica que se vale do Evangelho pôde queimar vivos aqueles que não aceitavam seus ensinamentos.”
“Um certo número de papas havia cometido assassinatos, mas Inocêncio III suplantou todos os seus predecessores no número de crimes de morte. Embora não matasse pessoalmente, ele promoveu a coisa mais diabólica da história humana – a Inquisição. Estimativas o número de heréticos que Inocêncio III havia matado chega ao número de 1 milhão de pessoas! Por mais de 500 anos os papas usaram a inquisição para manter seu poder contra aqueles que não concordavam com os ensinamentos da igreja romanista.”
“É difícil explicar como a Igreja Católica que se vale do Evangelho pôde queimar vivos aqueles que não aceitavam seus ensinamentos.”
Galileu diante do Santo Ofício, pintura do século XIX de Joseph-Nicolas Robert-Fleury. |
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Caça as Bruxas - 1233 a 1750 pt2
A INQUISIÇÃO NA IDADE MÉDIA
A Inquisição era um Tribunal Eclesiástico, também chamado de “Tribunal do Santo Ofício”, criado para combater heresias cometidas pelos cristãos confessos e muçulmanos vindos do Oriente.
A inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, foi iniciada em Verona sob o Papa Lúcio III no ano de 1184, inspirado em escritos de Santo Agostinho, fortaleceu-se sob o Papa Inocêncio III (1198-1216) e o Concílio de Latrão (1215), de 1231 a 1234,Gregório IX multiplicou pela Europa os Tribunais de Inquisição, presidido por inquisitores permanentes.
Todos os inquisitores deveriam ser doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil e os inquisitores devem ter no mínimo 40 anos de idade ao serem nomeados, e a autoridade do inquisitor é dada pelo Papa através de uma bula, às vezes o Papa pode delegar o seu poder de nomear os inquisitores, a um Cardeal representante, bem como aos superiores e padres provincianos dos dominicanos, e frades Franciscanos, (foram os papas Inocencio IV e Alexandre IV), que deram esse poder aos superiores e padres provincianos de suas respectivas ordens “Licet ex Omnibu” e “Olim Praesentiens”. O Inquisidor não pode nomear um escrivão, pois será assistido pelo escrivão público das dioceses, somente em 1561 e que os Papas puderam nomear o escrivão. No ponto de vista da Inquisição são Heréticos.
A inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, foi iniciada em Verona sob o Papa Lúcio III no ano de 1184, inspirado em escritos de Santo Agostinho, fortaleceu-se sob o Papa Inocêncio III (1198-1216) e o Concílio de Latrão (1215), de 1231 a 1234,Gregório IX multiplicou pela Europa os Tribunais de Inquisição, presidido por inquisitores permanentes.
Todos os inquisitores deveriam ser doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil e os inquisitores devem ter no mínimo 40 anos de idade ao serem nomeados, e a autoridade do inquisitor é dada pelo Papa através de uma bula, às vezes o Papa pode delegar o seu poder de nomear os inquisitores, a um Cardeal representante, bem como aos superiores e padres provincianos dos dominicanos, e frades Franciscanos, (foram os papas Inocencio IV e Alexandre IV), que deram esse poder aos superiores e padres provincianos de suas respectivas ordens “Licet ex Omnibu” e “Olim Praesentiens”. O Inquisidor não pode nomear um escrivão, pois será assistido pelo escrivão público das dioceses, somente em 1561 e que os Papas puderam nomear o escrivão. No ponto de vista da Inquisição são Heréticos.
Os Perseguidos
a) Os Excomungados
b) Os Simoníacos
c) Que se opuser a igreja de Roma e contestar a autoridade que ela recebeu de Deus
d) Quem cometer erros na interpretação das sagradas escrituras
e) Quem criar uma nova seita ou aderir a uma seita já existente
f) Quem não aceitar a doutrina Romana no que se refere aos sacramentos
g) Quem tiver opinião diferente da igreja de Roma sobre um ou vários artigos de Fé
h) Quem duvidar da fé Cristã
A Inquisição usava como método de obtenção de confissão a tortura, e usada em alguns casos ao extremo, levando o torturado à morte. Segundo Enry Thomas, grande historiador norte-americano, poderia ser escrito um livro somente sobre as torturas empregadas pela inquisição, embora pouco agradável. Vamos colocar apenas quatro:
“O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou do teto da câmara de tortura, em seguida, deixava-se cair o indivíduo e travava-se o aparelho ao chegar o seu corpo a poucas polegadas do solo. Repetia-se isso várias vezes. Os cruéis carrascos, as vezes amarravam pesos nos pés das vítimas, a fim de aumentar o choque da queda.“
“Depois havia a tortura pelo fogo. Colocavam-se os pés da vítima sobre carvão em brasa e espalhava-se por cima uma camada de graxa, a fim de que este combustível estalasse ao contato com o fogo."
Os inquisitores estavam ali enquanto o fogo martirizava a vítima, e incitavam-na, piedosamente, a aceitar os ensinamentos da Igreja em cujo nome ela estava sendo tratada tão delicadamente e tão misericordiosamente. Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, também praticavam a da água:
“Amarrando as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada que lhe penetrava nas carnes e nos tendões, abriam a boca da vítima a força despejando dentro dela água até que chegasse ao ponto de sufocação ou confissão.”
Todas as imaginações bárbaras do espírito de Dante, quando descreveu o Inferno, foram incorporadas em máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam os corpos e quebravam os ossos de todos aqueles que recusavam crer na branda misericordia dos inquisitores. De acordo com a lei, tortura só podia ser infligida uma vez, mas essa regulamentação era burlada facilmente... quando desejavam fazer repetir a tortura, mesmo depois de um intervalo de alguns dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente uma continuação da primeira tortura.... Esse jogo de palavras dava margem a crueldade e ao zelo desenfreado dos inquisitores.
b) Os Simoníacos
c) Que se opuser a igreja de Roma e contestar a autoridade que ela recebeu de Deus
d) Quem cometer erros na interpretação das sagradas escrituras
e) Quem criar uma nova seita ou aderir a uma seita já existente
f) Quem não aceitar a doutrina Romana no que se refere aos sacramentos
g) Quem tiver opinião diferente da igreja de Roma sobre um ou vários artigos de Fé
h) Quem duvidar da fé Cristã
A Inquisição usava como método de obtenção de confissão a tortura, e usada em alguns casos ao extremo, levando o torturado à morte. Segundo Enry Thomas, grande historiador norte-americano, poderia ser escrito um livro somente sobre as torturas empregadas pela inquisição, embora pouco agradável. Vamos colocar apenas quatro:
“O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou do teto da câmara de tortura, em seguida, deixava-se cair o indivíduo e travava-se o aparelho ao chegar o seu corpo a poucas polegadas do solo. Repetia-se isso várias vezes. Os cruéis carrascos, as vezes amarravam pesos nos pés das vítimas, a fim de aumentar o choque da queda.“
“Depois havia a tortura pelo fogo. Colocavam-se os pés da vítima sobre carvão em brasa e espalhava-se por cima uma camada de graxa, a fim de que este combustível estalasse ao contato com o fogo."
Os inquisitores estavam ali enquanto o fogo martirizava a vítima, e incitavam-na, piedosamente, a aceitar os ensinamentos da Igreja em cujo nome ela estava sendo tratada tão delicadamente e tão misericordiosamente. Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, também praticavam a da água:
“Amarrando as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada que lhe penetrava nas carnes e nos tendões, abriam a boca da vítima a força despejando dentro dela água até que chegasse ao ponto de sufocação ou confissão.”
Todas as imaginações bárbaras do espírito de Dante, quando descreveu o Inferno, foram incorporadas em máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam os corpos e quebravam os ossos de todos aqueles que recusavam crer na branda misericordia dos inquisitores. De acordo com a lei, tortura só podia ser infligida uma vez, mas essa regulamentação era burlada facilmente... quando desejavam fazer repetir a tortura, mesmo depois de um intervalo de alguns dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente uma continuação da primeira tortura.... Esse jogo de palavras dava margem a crueldade e ao zelo desenfreado dos inquisitores.
Caça as Bruxas - 1233 a 1750
Caça às bruxas 1233 - 1750, milhares de mortos em nome de deus.
Nunca será esquecido, não pode ser esquecido, nunca mais...
O TEMPO DAS FOGUEIRAS
Texto do livro "wicca, a feitiçaria moderna", de Gerina Dunwich
Após a Igreja Católica ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido e a adoração dos Deuses da religião Antiga, foi banida. Os antigos festivais foram superados pelos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos Deuses da Natureza e da Fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demônios e diabos. A igreja patriarcal chegou até a transformar várias Deusas pagãs em diabos masculinos e maus, não somente para corromper deidades da Religião Antiga, como, também para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido objeto de adoração. No ano de 1233, o Papa Gregório IX, instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXIII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos Pagãos (alem do judaísmo e islamismo) constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se heréticos e a perseguição contra todos os Pagãos, espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa. É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos.
Os Bruxos (junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças que não eram Bruxos), foram perseguidos, brutalmente torturados, muitas vezes violados sexualmente ou molestados, e, então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu Deus era um Deus de amor e compaixão. A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541, e, em 1604, foi adotada uma Lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos. Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América do Norte, decretaram também a pena de morte para o "crime de bruxaria". No final do século XVII, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga, viviam escondidos, e a Bruxaria tornou-se uma Religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levados à morte na Europa e mais de trinta condenados em Salem, Massachusetts, em nome do cristianismo.
Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem documentados na história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connecticut, em 1647, 45 anos antes que a história contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem. Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1622.
O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa,, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo e, somente após as Leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que os Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.
estou mudando o "tema" do blog a partir de agora. passando para wicca, bruxaria, magia.
o motivo foi simples, facilidade para com artigos, interesse de leitores...
pesso desculpas aos que se empolgaram com o nome do blog, mas devido a mudança, ele deverá ser interpretado de uma forma tal como "mitos?", afinal a bruxaria é uma das religiões mais antigas e que sustentam mais mitos, lendas e crenças até hoje.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
A Caixa de Pandora
As Lendas são as formas mais simples de manter e ensinar os mistérios da Arte. Através de pequenos contos ou formas simbólicas de representar um acontecimento os povos vêm durante as eras ensinando sua cultura, suas religiosidades, e criando uma forma bonita e fácil de manter vivo o conhecimento na mente das pessoas, até daquelas que não dispõem de um bom nível educacional.
As lendas são uma forma direta de passar ensinamentos, ou de embelezar suas crenças, às vezes criamos lendas para coisas que possuem uma explicação direta e simples, mas como a lenda nos obriga a refletir e indagar, os sacerdotes possuem uma preferência por ensinar os neófitos através de lendas. Logo, quando ler algum conto dedique tempo para uma boa reflexão e tente encontrar ali ensinamentos, pois com certeza todas as lendas possuem informações importantíssimas.
Particularmente gosto da lenda da caixa de pandora por muitos motivos, mas o que eu acho mais interessante é que muitas pessoas ja ouviram falar, até citam "você abriu a caixa de pandora", mas nunca leram ou ouviram a lenda. Então, aqui está...
A Caixa de Pandora
Epimeteu era irmão de Prometeu, o titã que modelou o primeiro homem do barro. No entanto, este, por desavenças com Júpiter, acabara por incorrer na sua ira.Temendo que Júpiter viesse a querer se vingar dele ou do gênero humano, Prometeu decidiu um dia alertar o seu desavisado irmão:
— Epimeteu, tome cuidado com os presentes que receber de Júpiter — disse Prometeu, chamando-o para um canto. — Já há algum tempo que ele anda furioso comigo, porque ousei roubar o FOGO dos céus para levá-lo aos homens.
Epimeteu escutou com atenção as palavras judiciosas do irmão e logo as esqueceu com o mesmo empenho.
Enquanto isso, no Olimpo, Júpiter já havia ordenado a Vulcano — que tinha também as suas veleidades de artífice — que criasse uma nova criatura, uma parelha para o homem.
— Deixa comigo — disse o deus das forjas.
Fechando-se em sua fuliginosa oficina com a deusa Minerva, os dois entregaram-se com extraordinário denodo à interessante tarefa. Decorrido algum tempo, a obra estava pronta.
— Nunca nada de mais perfeito saiu de suas talentosas mãos, excelente Vulcano! — disse Minerva, entusiasmada.
— Graças a você, cara amiga, que me auxiliou com seus proveitosos conselhos! — disse Vulcano, devolvendo o elogio.
Diante dos dois estava um linda mulher, quase tão bela quanto a mais bela das deusas. Seus olhos era azuis como o mais límpido céu e de sua boca vermelha e úmida partia um hálito fresco e perfumado. Sua pele era macia como o mais macio dos veludos e recobrindo-a por inteiro havia ainda uma delicada penugem, que lembrava em tudo a maciez da casca do pêssego. Seus membros, por sua vez, eram delicadamente proporcionados, tendo sido exilada deles à força, em proveito da graça. A frente do peito da encantadora criatura, Minerva coloca-n dois pomos que tinham o prodígio de serem, ao toque, ao mesmo tempo macios e firmes, coroando-os ainda, num requinte de perfeição, com duas delicadas protuberâncias, que lembravam duas pequenas cerejas.
Suas curvas eram perfeitas. De cada flanco do corpo desciam duas linhas curvas voltadas para dentro, expandindo-se somente à altura da cintura para dar lugar a um estonteante panorama, tendo ao centro um triângulo hermético, que guardava dentro de si todos os segredos da vida e de sua procriação.
— Vamos, levemos já nossa invenção a Júpiter, para que ele nos dê logo a sua aprovação! — disse Minerva, tão confiante que já dava por certa a aprovação de seu exigente pai.
E não foi de outra maneira. Tão logo o deus dos DEUSES pôs os seus olhos sobre a nova criatura, eles encheram-se de um brilho intenso.
— Vulcano e Minerva, vocês excederam-se em tudo o que se refere à beleza! — disse Júpiter, aplaudindo com entusiasmo a obra que tinha diante de si.
— Batizamos ela de Pandora, meu pai — disse Minerva. — O que acha deste nome?
— Pandora, Pandora — repetiu Júpiter, deliciado. — Tem um som volátil, alado... Magnífico!
Antes, porém, de dispensar a criatura, chamou-a a um canto.
— Venha cá, Pandora, tenho um presente para você. Quero que você leve isto aos mortais como sinal de meu apreço por eles — disse Júpiter, entregando-lhe uma caixa dourada, ricamente trabalhada com arabescos e filigranas de prata.
Pandora arregalou os olhos ao ver diante de si aquele presente tão magnífico. Sem poder conter-se, quis logo abrir a maravilhosa caixa, mas foi impedida pelo autor do presente.
— Não, minha filha, não faça isto! É para ser mantida sempre assim, hermeticamente fechada.
— Herpétia o que, poderoso deus? — disse Pandora, com um arzinho encantadoramente confuso.
— Esqueça, querida, esqueça. Não é para ser aberta em ocasião alguma, compreendeu?
— Sim, sim, compreendi! — disse Pandora, semicerrando os seus soberbos olhos anis.
"Por Júpiter, acho que esqueci de um pequeno detalhe... !", pensou Minerva, consigo mesma, ao analisar melhor a criatura.
Vulcano, no entanto, permanecia satisfeitíssimo com a sua invenção, demonstrando ser em tudo um pai digno da filha, menos na beleza, é claro.
— Pode ir, minha menina, vá em paz — disse Júpiter, despedindo-se dela com um aceno.
No mesmo dia, os dois presentes chegaram às mãos de Epimeteu, que não sabia qual deles admirar mais. Mas em breve fez logo a sua escolha: nada podia ser mais admirável do que aquela encantadora criatura que se chamava Pandora.
Entusiasmado, Epimeteu decidiu instalá-la em seu quarto. Depois que ele havia se retirado, Pandora pegou sua caixa dourada e prateada e pôs-se a examiná-la detidamente, virando-a de todos os lados. Seus olhos azuis refletiam todo o brilho do magnífico receptáculo.
— O que haverá aí dentro? — disse baixinho, refrescando o AR com seu hálito balsâmico. Por várias vezes a encantadora Pandora hesitou se abria ou não a fantástica caixa. Mas, depois, depositando o precioso objeto ao lado do travesseiro, adormeceu profundamente.
Sonhou então que de dentro da caixa saíam, como por mágica, cavalos alados da cor do mar e aves luminosas de diversos tons esmeraldinos. Dos bicos prateados das gigantescas aves originava-se uma canção de magnífica beleza, que a enterneceu até o âmago mais profundo da alma. Homens e mulheres abraçavam-se nus, em pleno ar, ao som desta canção embriagadora, misturando-se àquelas criaturas de tal modo, que pareciam ter asas como elas.
Despertando com aquele SONHO maravilhoso, Pandora estendeu a mão imediatamente para o seu presente. Não podendo mais conter o seu desejo, ergueu a tampa numa volúpia insana de curiosidade que lhe pôs na espinha um arrepio gelado.
Nem bem ergueu um pouquinho a tampa dourada, Pandora sentiu-a ser arrebatada das mãos, caindo ao chão, longe da cama. Assustada, ainda assim manteve o objeto preso entre as mãos. Pandora viu escapar de dentro da caixa algo a princípio sem forma. Parecia que todos os ventos do mundo se escapavam desordenadamente dali, na pressa da fuga. Imediatamente um deles tomou a forma de uma caveira volátil, parecendo toda feita de CRISTAL e de vento. Tomando uma dimensão assustadora, a caveira aproximou seu rosto brilhante do rosto da pobre moça, que tremia de medo. Podia sentir na face o bafo mortalmente gelado que passava por entre os dentes de gelo, completamente arreganhados, da horrenda caveira.
Por alguns instantes aquela face terrível a mirou com suas órbitas vazias, estudando-a sempre com seu sorriso de vidro. Depois seus maxilares bateram repetidas vezes, um de encontro ao outro, aumentando cada vez mais o ritmo a um ponto tal que ela somente podia ver aquela fileira transparente de dentes martelando-se uns aos outros, parecendo inevitável que se fariam em pedaços diante de seus olhos atônitos.
Algo parecido a uma gargalhada escapava por entre os rápidos intervalos das batidas dos maxilares, que ela não sabia precisar se era um gargalhada de escárnio ou um lamento de dor. Pandora estava prestes a desmaiar, quando a caveira foi se tornando gasosa outra vez, transformando-se num grande e gelado vapor que fugiu pela janela do quarto, perdendo-se no mundo.
Depois surgiram vários rostos deformados, cobertos de pústulas, que se erguiam da caixa como se fossem o retrato horrendo da Doença. Depois de assoprarem sobre seu rosto o bafo doentio das febres renitentes, arremessaram-se também pela janela atrás da primeira criatura, finalmente libertas. Dentre as tantas criaturas que escaparam da caixa, Pandora teve o desgosto de ver personificados todos os vícios que viriam a acometer no futuro a alma humana.
A Inveja lhe apareceu, assim, sob a forma de uma mulher velha, cujos cabelos finos e prateados como teias de aranha esvoaçavam ao ar. De dentro dessa moita prateada, aranhas negras teciam freneticamente com as patas negras mais e mais fios, de tal forma que uma nuvem esfiapada cobria a cabeça inteira da velha hedionda. Seus olhos amarelos, raiados de sangue, fuzilavam aquele belo rosto que, sabia, jamais teria igual. Da boca escapou uma baba verde, que lhe escorria pelo queixo em cordas pendentes. Com elas a velha teceu uma corda musgosa e nojenta, com a qual envolveu o pescoço de Pandora, decidida a estrangulá-la. Algo, porém, a impediu de completar seu ato. Dando um grande uivo de raiva, ela recuou para trás. Depois ergueu a mão ossuda no AR e, franzindo os dedos como quem agarra algo, sacudiu-a em direção ao seu alvo, Pandora.
Depois, arremessou-se subitamente pela janela, dando um silvo agudo e penetrante.
A Gula, sob a forma rotunda de uma mulher imensamente nua, escapou-se também da caixa. Suas banhas e graxas sacudiam, caindo umas por cima das outras, em grossas camadas. De toda ela escorria um suor pegajoso, como se suasse azeite por todos os poros. Suas bochechas pareciam prestes a explodir, e de seus olhos escorria uma graxa amarela e malcheirosa, que ela lambia com furor assim que lhe chegava aos lábios inchados.
Pandora, embora aterrorizada, não conseguia fechar a maldita caixa, involuntariamente fascinada com o que assistia, sem saber como pudera desencadear tantas desgraças. Lançando-se de joelhos ao chão, encontrou finalmente a tampa caída a um canto. Enquanto rastejava para alcançá-la sentia rodopiar acima de si uma legião de demônios — a Avareza, a Arrogância, a Crueldade, o Egoísmo, todos os vícios e defeitos humanos dançavam uma ciranda infernal sobre a sua cabeça, até que, arremessando-se à caixa, conseguiu finalmente fechá-la.
Mas o mal já estava feito. Percebendo que nada ficara lá dentro, olhou ainda uma vez para o fundo da caixa fatídica. Um rosto maravilhosamente belo e eternamente jovem, no entanto, a observava dali.
— Quem é você? — disse Pandora, ainda temerosa.
— Eu sou a Esperança — disse simplesmente o belo rosto.
Foi carregando esse valioso presente que Pandora se apresentou diante dos homens.
A Gula, sob a forma rotunda de uma mulher imensamente nua, escapou-se também da caixa. Suas banhas e graxas sacudiam, caindo umas por cima das outras, em grossas camadas. De toda ela escorria um suor pegajoso, como se suasse azeite por todos os poros. Suas bochechas pareciam prestes a explodir, e de seus olhos escorria uma graxa amarela e malcheirosa, que ela lambia com furor assim que lhe chegava aos lábios inchados.
Pandora, embora aterrorizada, não conseguia fechar a maldita caixa, involuntariamente fascinada com o que assistia, sem saber como pudera desencadear tantas desgraças. Lançando-se de joelhos ao chão, encontrou finalmente a tampa caída a um canto. Enquanto rastejava para alcançá-la sentia rodopiar acima de si uma legião de demônios — a Avareza, a Arrogância, a Crueldade, o Egoísmo, todos os vícios e defeitos humanos dançavam uma ciranda infernal sobre a sua cabeça, até que, arremessando-se à caixa, conseguiu finalmente fechá-la.
Mas o mal já estava feito. Percebendo que nada ficara lá dentro, olhou ainda uma vez para o fundo da caixa fatídica. Um rosto maravilhosamente belo e eternamente jovem, no entanto, a observava dali.
— Quem é você? — disse Pandora, ainda temerosa.
— Eu sou a Esperança — disse simplesmente o belo rosto.
Foi carregando esse valioso presente que Pandora se apresentou diante dos homens.
Hags ou Crones
Na Inglaterra Annis Preta é a hag mais famosa. Pelo que dizem, ela habita os morros de Leicestershire, numa gruta que escavou com as próprias unhas de ferro na rocha. Na frente da gruta está um carvalho grande e velho, no qual ela sobe para vigiar o campo em busca de uma presa - que por sinal é uma criança.
Há também várias hags aquáticas espalhadas por toda a Grã-Bretanha, como o espírito Jenny Greenteeth habitante das águas do rio Tweed, na Escócia e Peg Powler, que se ocultas nas águas do Rio Tees, ambas inglesas.
Na mitologia eslava há também uma bruxa, Baba Yaga presente em várias histórias. Ela habita em uma casa com patas de galinha no meio de uma floresta.
A antiga hag e deusa celta Cailleach tem a aparência de uma hag, e os especialistas dizem que era apresentada como sendo uma anciã
A bruxa é uma mulher velha enrugada, ou uma espécie de fada ou deusa com a aparência de uma mulher, frequentemente encontrados em folclore e contos infantis, como João e Maria. Hags são muitas vezes vistos como malévolo, mas também pode ser uma das formas escolhidas de divindades metamorfos, como o Morrígan ou Badb, que são vistos como nem totalmente benéfica nem maléfica.
Hags ou Crones (em ingles), são praticamente, porém não literalmente, outro jeito de se falar "bruxa". Na crença popular, as hags são exatamente como as pessoas acreditam que sejam as bruxas, o que na verdade não são de fato, porque bruxas hoje em dia são pessoas completamente normais, nem se quer acreditam em diabo, tem suas próprias crenças, não são o que filmes e "boca a boca" falam. mas esse é um assunto para outro post.
Uma hag, ou crone (em ingles), nada mais é do que uma criatura feia e velha, um tipo de fada idosa ou até uma deusa ou divindade selvagem, que vive em florestas escuras e isoladas e que se alimentam de carne, muitas vezes humana. Pertencem à mitologia inglesa e podem ser traduzidas como bruxas.
Diz a lenda que elas gostam de sentar-se em pessoas adormecidas, provocando à vítima pesadelos ou até sufocamentos. Quando a pessoa acordar, se acordar, se sentirá exausta. A expressão Old Hag indica essa experiência. Na verdade, é um distúrbio chamado paralisia do sono, que se acreditava que fadas e bruxas eram culpadas.
A palavra bruxa na língua portuguesa possui duas traduções inglesas: Hag e Witch, dois seres diferentes, situação que causa discordância e confusão entre os falantes.
Hag: Pode ser traduzida como uma criatura/bruxa não humana, selvagem e habitante das florestas e bosques, que não sabe mágicas e que é canibal e antropofágica. Um exemplo de hag é aquela que desejava reviver o espírito morto da Feiticeira Branca em Príncipe Caspian, das Cronicas de Nárnia
Witch: Melhor traduzida como feiticeira, é humana e se utiliza de varinhas mágicas e caldeirões para praticar magia, e que pode lançar feitiços. Vive em cidades, aldeias ou casinhas distantes, sendo somente uma pessoa que conhece e pratica magia. Um exemplo típico é qualquer feiticeira dos contos de fadas, como a Feiticeira Branca das Crônicas de Nárnia.
Se você acha que nunca ouviu falar, ou viu em algum lugar nada do tipo, está enganado. Hags já foram usadas em filmes, desenhos, jogos, etc.
No jogo Dungeons and Dragons, hags são uma raça de criaturas femininas, em comparação com ogros. Há vários tipos, as annis, as verdes, as marinhas. Todas são más, mas não muito poderosas.
São também mencionadas em Harry Potter, mas sem detalhes. São também vistas no Caldeirão Furado e na vila de Hogsmead.
Aparecem com destaque em As Cronicas de Nárnia. Em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa quatro hags prendem Aslam à Mesa de Pedra, por ordens da Feiticeira Branca.
Em O Príncipe Caspian, uma Hag, juntamente com um lobisomem e Nikabrik, um anão negro, tentam persuadir Caspian a invocar o espírito da Feiticeira de volta à vida. Depois de recusar, os três foram mortos.
Em Popeye, é sempre citada uma personagem chamada de Bruxa do Mar.
Os mitos, as lendas, os boatos; existem. falem eles de bruxas, de hags, de monstros, fantasmas, o que quer que seja. Mas mitos como os das bruxas, como os das hags, como de fantasmas e outros, são antigos, e sobreviveram ao ceticismo durante gerações e gerações, o que gera uma simples duvida, "se não existe, se é tudo invenção... porque milhares de pessoas temem? porque milhares de pessoas acreditam?". Muitos deles fazem muito sentido, muitos deles estão presente em fatos acontecidos, muitos estão presente na história da civilização, da sociedade, da humanidade. Portanto acho que certos mitos não devem ser desacreditados, ou se forem, eu acho que deve haver ao menos uma duvida e com ela uma grande quantidade de respeito, e se possível, antes de desacreditarem façam um estudo aprofundado sobre o assunto, talvez não tenham motivos para desacreditar, uma vez que faz tanto sentido, existem tantos relatos e não há modo de explicar controvérsias.
Há também várias hags aquáticas espalhadas por toda a Grã-Bretanha, como o espírito Jenny Greenteeth habitante das águas do rio Tweed, na Escócia e Peg Powler, que se ocultas nas águas do Rio Tees, ambas inglesas.
Na mitologia eslava há também uma bruxa, Baba Yaga presente em várias histórias. Ela habita em uma casa com patas de galinha no meio de uma floresta.
A antiga hag e deusa celta Cailleach tem a aparência de uma hag, e os especialistas dizem que era apresentada como sendo uma anciã
A bruxa é uma mulher velha enrugada, ou uma espécie de fada ou deusa com a aparência de uma mulher, frequentemente encontrados em folclore e contos infantis, como João e Maria. Hags são muitas vezes vistos como malévolo, mas também pode ser uma das formas escolhidas de divindades metamorfos, como o Morrígan ou Badb, que são vistos como nem totalmente benéfica nem maléfica.
Hags ou Crones (em ingles), são praticamente, porém não literalmente, outro jeito de se falar "bruxa". Na crença popular, as hags são exatamente como as pessoas acreditam que sejam as bruxas, o que na verdade não são de fato, porque bruxas hoje em dia são pessoas completamente normais, nem se quer acreditam em diabo, tem suas próprias crenças, não são o que filmes e "boca a boca" falam. mas esse é um assunto para outro post.
Uma hag, ou crone (em ingles), nada mais é do que uma criatura feia e velha, um tipo de fada idosa ou até uma deusa ou divindade selvagem, que vive em florestas escuras e isoladas e que se alimentam de carne, muitas vezes humana. Pertencem à mitologia inglesa e podem ser traduzidas como bruxas.
Diz a lenda que elas gostam de sentar-se em pessoas adormecidas, provocando à vítima pesadelos ou até sufocamentos. Quando a pessoa acordar, se acordar, se sentirá exausta. A expressão Old Hag indica essa experiência. Na verdade, é um distúrbio chamado paralisia do sono, que se acreditava que fadas e bruxas eram culpadas.
A palavra bruxa na língua portuguesa possui duas traduções inglesas: Hag e Witch, dois seres diferentes, situação que causa discordância e confusão entre os falantes.
Hag: Pode ser traduzida como uma criatura/bruxa não humana, selvagem e habitante das florestas e bosques, que não sabe mágicas e que é canibal e antropofágica. Um exemplo de hag é aquela que desejava reviver o espírito morto da Feiticeira Branca em Príncipe Caspian, das Cronicas de Nárnia
Witch: Melhor traduzida como feiticeira, é humana e se utiliza de varinhas mágicas e caldeirões para praticar magia, e que pode lançar feitiços. Vive em cidades, aldeias ou casinhas distantes, sendo somente uma pessoa que conhece e pratica magia. Um exemplo típico é qualquer feiticeira dos contos de fadas, como a Feiticeira Branca das Crônicas de Nárnia.
Se você acha que nunca ouviu falar, ou viu em algum lugar nada do tipo, está enganado. Hags já foram usadas em filmes, desenhos, jogos, etc.
No jogo Dungeons and Dragons, hags são uma raça de criaturas femininas, em comparação com ogros. Há vários tipos, as annis, as verdes, as marinhas. Todas são más, mas não muito poderosas.
São também mencionadas em Harry Potter, mas sem detalhes. São também vistas no Caldeirão Furado e na vila de Hogsmead.
Aparecem com destaque em As Cronicas de Nárnia. Em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa quatro hags prendem Aslam à Mesa de Pedra, por ordens da Feiticeira Branca.
Em O Príncipe Caspian, uma Hag, juntamente com um lobisomem e Nikabrik, um anão negro, tentam persuadir Caspian a invocar o espírito da Feiticeira de volta à vida. Depois de recusar, os três foram mortos.
Em Popeye, é sempre citada uma personagem chamada de Bruxa do Mar.
Os mitos, as lendas, os boatos; existem. falem eles de bruxas, de hags, de monstros, fantasmas, o que quer que seja. Mas mitos como os das bruxas, como os das hags, como de fantasmas e outros, são antigos, e sobreviveram ao ceticismo durante gerações e gerações, o que gera uma simples duvida, "se não existe, se é tudo invenção... porque milhares de pessoas temem? porque milhares de pessoas acreditam?". Muitos deles fazem muito sentido, muitos deles estão presente em fatos acontecidos, muitos estão presente na história da civilização, da sociedade, da humanidade. Portanto acho que certos mitos não devem ser desacreditados, ou se forem, eu acho que deve haver ao menos uma duvida e com ela uma grande quantidade de respeito, e se possível, antes de desacreditarem façam um estudo aprofundado sobre o assunto, talvez não tenham motivos para desacreditar, uma vez que faz tanto sentido, existem tantos relatos e não há modo de explicar controvérsias.
A Bruxa de Blair
- Burkittsville, Maryland fica à duas horas de Washington. População: 194
- Blair, 1785- Varias crianças acusam a imigrante irlandesa Elly Kedward de leva-las até sua cabana na floresta de Black Hills e extrair sangue delas. Elly é acusada, tida como culpada por bruxaria e amarrada numa arvore na floresta, no mais frio inverno da historia e presumida como morta.
- 1786- Todos os que a acusaram e metade das crianças da cidade desapareceram. Temendo uma maldição, os habitantes de Blair abandonam a vila e juram nunca mais dizer o nome de Elly novamente.
- 1809- O livro "Culto da Bruxa de Blair" é publicado. Este livro raro, considerado ficção conta a historia de uma cidade assombrada por uma bruxa. Atualmente, a única copia está no Museu da Bruxaria de Baltimore.
- 1824- Burkytsville é fundada na abandonada Blair.
- 1825- Onze testemunhas afirmam ter visto uma mão de mulher pálida , puxar Eillen Treacle, menina de 10 anos, para dentro do riacho Tappy East Creek. Durante dezessete dias as buscas pelo corpo se seguiram, mas as únicas coisas encontradas foram pequenas trouxas de galhos de arvores untados com estranho liquido. O corpo nunca é encontrado.
- 1885- Outra menina, Robin Weaver é tida como desaparecida. As buscas iniciam, mas alguns dias depois Robin retorna da floresta sem se lembrar de absolutamente nada. Uma das buscas, formada por cinco homens não retorna. Grupo de caçadores encontra os corpos dos cinco homens estripados em posição de pentagrama em Coffin Rock, Uma formação rochosa na região.
- 1940- Começando com Emily Hollands, um total de sete crianças desaparece da cidade.
- Junho de 1941- Rustin Parr, um velho eremita que morava na floresta, chega até um mercado local e disse que finalmente havia acabado(I've finally finished). As autoridades o seguiram até sua casa e encontraram os corpos das sete crianças em seu porão. Rustin admitiu que fez aquilo para "uma velha mulher fantasma" (an old woman ghost), que vivia nas florestas. Duas delas apresentaram causa da morte desconhecida, algumas por traumatismo craniano e por sufocamento. Todas tinham marcas estranhas cravadas nos rostos, braços e mãos. Rustin é preso e condenado á forca.
- O veredicto é dado em 1942 e a sentença é cumprida no mesmo ano.
- Outubro de 1994- Três estudantes de cinema, Heather Donahue, Joshua Leonard, and Michael Williams chegam á Burkytsville para filmar um documentário sobre uma lenda local: A Bruxa de Blair. Após entrar na floresta, jamais são vistos novamente.
- 25 de outubro- O carro de Josh é encontrado. As buscas iniciam e se seguem pelo ano seguinte, contando com homens com cães, helicópteros e até mesmo umas fotos por satélite.
- 1995- O departamento de Antropologia de Maryland encontra uma bolsa contendo fitas, fotos e gravações que pertencem á Heather Donahue, enterradas nas ruínas de uma cabana de mais de 100 anos.
- 1997- A mãe de Heather, Angie, entrega as fitas com as filmagens para Haxan Filmes, onde foram melhor analisadas, dando início ao projeto de produção do filme.
Esse filme teve um faturamento de mais de cem milhões de dólares de bilheteria, hoje em dia é um dos 100 filmes americanos de maior faturamento.
Até a serie Gossip Girl, tem em sua primeira temporada um capitulo com o nome "A Bruxa de Blair".
A frase inicial do filme é: "Em outubro de 1994, três estudantes de cinema desapareceram na floresta próxima a Burkittsville, Maryland, enquanto filmavam um documentário…um ano depois as imagens foram encontradas."
O filme que custou 35 mil dólares e rendeu cerca de 248,500,000 dólares; foi muito criticado. O site www.blairwitch.com, foi visitado por mais de 20 milhões de pessoas apenas no primeiro final de semana da exibição do filme.
O filme recebeu muitos prêmios importantes, como por exemplo o de 'Melhor Produção Independente' ao custo de menos de 100 mil dólares. E também outros "negativos" como o 'Framboesa de Ouro' por pior atriz Heather Donahue.
Segundo a informação do "A Bruxa de blair 3":
Segundo a Haxan, a produtora de 'A Bruxa de Blair' recebeu um esboço do roteiro de 'A Bruxa de Blair 3', criada pelo próprio roteirista do primeiro filme.
"Enviamos o tratamento para um capítulo introdutório de 'A Bruxa de Blair' para a Lions Gate ontem", disse Eduardo Sanchez, co-diretor do primeiro filme da franquia. "Nove páginas de puro horror no ano de 1786, contando a origem da lenda. Estamos todos muito felizes com a forma como tudo se resolveu e acho que a proposta dará um roteiro e filme assustadores. Os habitantes de BLAIR realmente pegam pesado nesta estória. É brutal, mas diabos... todos eles merecem isso pelo que fizeram com Elly".
"Agora, está nas mãos da Lions Gate. Estamos todos torcendo para eles tocarem o projeto".
Se a Lions Gate aprovar o roteiro, o filme deve estrear no próximo ano.
Esse é um post sobre a lenda da Bruxa de Blair, não sobre bruxaria, paganismo, ocultismo ou qualquer outro tipo de religião.
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